Cada vez mais filhos percebem a necessidade de parar de trabalhar ou diminuir sua carga horária para cuidar de seus pais ou de outro parente idoso. A dedicação exclusiva é importante para oferecer os cuidados necessários ao indivíduo, mas pode comprometer o sustento financeiro da família.
Neste artigo, vamos falar sobre algumas alternativas que podem auxiliar com recursos financeiros situações como esta.
Hoje o Brasil não possui em seu sistema de seguro social algum tipo de auxílio para pessoas que cuidam de parentes idosos. Atualmente, há o projeto de Lei 3022, de 2020, que propõe o pagamento de um salário mínimo para idosos que dependem totalmente de alguém para sua higienização e alimentação.
Inicialmente, a proposta visa a auxiliar aqueles que tenham uma renda máxima de quatro salários mínimos.
Conheça agora algumas possibilidades para auxiliar o idoso e seu parente cuidador a contarem com auxílio financeiro.
Ir a uma agência bancária sacar o dinheiro mensal da aposentadoria pode ser algo impraticável para alguns idosos, dependendo de seu estado de saúde. Nesse sentido, ele pode nomear o seu parente cuidador como seu procurador, possibilitando que esta pessoa cuide da administração do benefício.
A procuração é um documento que deve ser reconhecido em cartório para ser válido. No caso de idosos que não podem ir até lá, há o serviço em que o funcionário vai até a casa do indivíduo. Os custos e condições devem ser verificados diretamente com o cartório.
Se o idoso tiver sido aposentado por invalidez, é possível solicitar ao INSS um adicional de 25% em seu benefício para que ele consiga usufruir da assistência de um cuidador em sua residência ou na casa de repouso.
A solicitação desse acréscimo é feita de forma simples pelo telefone 135 ou através dos meios digitais, como o site oficial da instituição e o aplicativo para smartphones (Meu INSS).
Munido de documentos relativos à concessão da aposentadoria e ao estado de saúde do idoso, o parente cuidador faz o requerimento e espera pela convocação de uma perícia médica para avaliar se o indivíduo possui ou não direito ao adicional.
Quando o idoso é acamado ou possui algum problema que o impeça de ir a um posto do INSS, é possível receber a visita de um médico perito na residência ou no hospital, se ele estiver internado.
Outra opção de auxílio é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), assegurado pela Lei Orgânica da Assistência Social. Ela garante ao idoso deficiente o pagamento de um salário mínimo que ajude em seu sustento. Neste caso, não é necessário que ele tenha contribuído com o INSS, mas este tipo de benefício não pode ser acumulado, ou seja, se a pessoa já recebe aposentadoria, não terá direito a ele.
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