A síndrome do entardecer, também conhecida como síndrome do pôr do sol, é uma condição comum para pessoas com a doença de Alzheimer.
Quando o dia acaba, a pessoa fica agitada, irritada, e agressiva, dificultando a vida de seus cuidadores nesse momento.
Os motivos que desencadeiam essa condição ainda são poucos conhecidos, mas a possibilidade é que o Alzheimer afeta o relógio biológico da pessoa, levando-a a ciclos confusos.
Essa síndrome deixa o idoso muito confuso, ansioso e irritado, com dificuldade de se localizar no tempo e no espaço. Mesmo estando em casa, ele pede pra ir embora, e acaba angustiando as pessoas ao seu redor, que ficam sem saber o que fazer.
Se puder, tente encontrar e entender o motivo que ocasiona esse comportamento. Ouça pacientemente as preocupações e frustrações do idoso, e tente tranquilizá-lo e distraí-lo de situações estressantes ou perturbadoras.
Causas da síndrome do pôr do sol
Cerca de 30% dos pacientes com Alzheimer sofrem dessa síndrome, mas pessoas com outras demências também podem ser atingidos.
A causa está relacionada às alterações cerebrais do relógio biológico. O paciente acaba ficando confuso com o ciclo do sono, e essa instabilidade fisiológica e psicológica pode afetar o ritmo cardíaco, portanto não pode ser ignorada.
As causas e fatores que agravam a síndrome são:
- Cansaço intenso, fome ou sede, tédio, dores, mudança de temperatura ou iluminação, necessidades não satisfeitas, depressão, jet lag, dificuldade de discernir a realidade, infecções urinárias e outras.
Todas as alterações desencadeadas no entardecer podem causar os seguintes sintomas:
- Ansiedade, irritação, mudanças de humor, tristeza, confusão mental, aumento de energia, delírios, desorientação, agitação intensa, entre outros.
Nem sempre é necessária a administração de medicamentos para conter o problema. Mudanças de hábitos e atitudes já fazem a diferença.
Para combater a síndrome, uma das recomendações é intensificar a luminosidade. Se necessário aumente as luzes e deixe-as acesas já a tarde, não espere anoitecer para acendê-las.
Além disso, há outras sugestões:
- Mantenha uma rotina de sono
- Estabeleça horários para as atividades do dia a dia
- Planeje atividades mais intensas durante o dia, para que o idoso se sinta cansado a noite
- Limite o consumo de cafeína e açúcar
- Limite os cochilos durante o dia
- Reduza os ruídos e estímulos visuais à noite, como mexer no celular, assistir televisão ou usar o computador.
- Crie um ambiente acolhedor, com objetos e fotos familiares na decoração da casa
- Ouça músicas suaves depois do entardecer.
Esses são alguns exemplos. Com alguns cuidados, as chances do idoso apresentar quadros da Síndrome do Pôr do Sol tendem a diminuir.
Mas mesmo assim, se for um problema, procure um médico. Muitas vezes, somente um exame bem detalhado pode identificar o que está causando a síndrome, que pode ser uma dor, distúrbio do sono, efeito colateral de medicamentos, etc.
Profissionais da saúde e cuidadores costumam compreender bem as necessidades dos idosos e portadores de doenças como Alzheimer, e podem ajudar a colocar em prática hábitos mais saudáveis, visando diminuir as consequências da síndrome do pôr do sol.